Precisamos parar de romantizar a produtividade excessiva nesse período de pandemia e crise econômica.
O discurso da alta performance, do não falhe e do dê o máximo que puder está prejudicando muita gente! São pessoas que estão sacrificando seu justo tempo livre e enfrentam dificuldade de/em aceitar quando têm um dia improdutivo e ainda se culpam por isso.
Além disso, mascaram a fadiga do corpo e da mente e acreditam que a felicidade depende do quanto produzem e ganham pelo trabalho que fazem.
Hoje, o que se vê é uma corrida pela produtividade como nunca se viu antes. O uso das tecnologias, as possibilidades como teletrabalho e até mesmo o medo do desemprego, estão fazendo com que muitas pessoas não consigam diferenciar mais lazer e trabalho.
Nesse cenário, o descanso é cada vez mais desvalorizado e as pessoas se veem “obrigadas” a estarem sempre ativas e produtivas.
Um dos maiores erros cometidos é usar a medida do outro como critério para avaliar a sua. Se o outro consegue produzir tanto em casa, se seguem tão bem o planejamento da rotina, por que será que a minha vida está desorganizada, estressante e angustiante?
A resposta é simples: não estamos todos no mesmo barco! Se há algo em comum entre todos nós é que estamos vivendo uma pandemia e cada um vive uma realidade diferente, seja nas relações interpessoais, nas diferentes rotinas de cada um, nos diferentes modos de se viver esse tempo, nas diferentes estratégias de lidar com o isolamento social.
É normal não estar disposto todos os dias. É normal e esperado ficarmos tristes, ansiosos, preocupados, inseguros. Assim como é esperado termos dias mais esperançosos, animados, inventivos, produtivos e alegres.